Pode soar um pouco estanho afirmar isso logo de início, mas nem todas as empresas só por serem totalmente digitalizadas são digitais. A linha de pensamento é simples: não importa quais ou quantos equipamentos sua corporação utiliza, nem quantas redes sociais sua empresa se cadastrou, se não há uma cultura verdadeiramente digital, ela não é digital; ela é digitalizada.
Estar online é muito diferente de ser online. Sua empresa deve pensar de maneira digital, pensar de maneira online. Para muitos, estar nas mídias sociais passou a ser sinônimo de status, de etiqueta, e não mais uma forma estratégica de negócios para atuar no digimundo.
Por que pensam isso? Porque querem se parecer com a turma dos descolados, dos modernos, caindo de cabeça em dezenas de contas em diferentes redes sociais, achando que perfis no Facebook ou no Twitter podem dar uma imagem de empresa 2.0 perante seus públicos. Se a sua empresa não conseguia passar credibilidade no mundo offiline, não é no online que ela passará a esbanjar confiança.
Porém um fato sempre é esquecido: os mais descolados, os mais modernos, as empresas que realmente revolucionam pensamentos e estruturas, não estão se enfiando desesperadamente nas redes e mídias sociais. Apple, Google ou Microsoft não estão em todas as redes possíveis e existentes espalhadas pelo mundo afora. Elas trabalham de forma estratégica suas plataformas e exibições digitais. Criam redes próprios ou utilizam cetenas de blogs empresariais, mas jamais ficam berrando "olhe para as minhas redes sociais, idiota", como vemos diariamente na web. Mais uma vez reafirmo: estar online não é sinônimo de ser online.
A diferença é crucial daqueles que realmente fazem dos que aparentemente fazem. Os que realmente fazem conseguem divulgação instantânea, gerada quase sempre por consumidores-militantes na web. Os que aparentemente fazem geralmente só aparentam, ou melhor, só aparecem em todas as mídias possíveis, mas nada de real fazem. Você sabe que sua empresa é digitalizada – e não digital – quando ela quer a todo custo ser conhecida – e não reconhecida. Qual é o tipo da sua empresa? Fingir que faz ou deixar que a publicidade instantânea apareça naturalmente?
Por Cleyton Carlos Torres, jornalista e blogueiro.
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